Bolsa rompe aos três meses, mas mãe não aborta e o milagre da vida acontece
09/03/2023

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A jovem, que fez todo o acompanhamento da gestação no HRC, conta que, em março de 2022, estava em casa, quando sentiu um líquido escorrer. No hospital, inicialmente, os médicos acharam que ela teria urinado sem perceber. No entanto, um exame constatou que a bolsa amniótica havia se rompido.

Devido aos riscos do quadro, os profissionais de saúde recomendaram a interrupção da gravidez, mas Kathleen preferiu dar continuidade à gestação. "Os médicos me informaram que era inviável, que eu teria de fazer um procedimento abortivo", detalha a moradora de Ceilândia.

Mesmo com a possibilidade de morrer, a jovem preferiu não passar pelo processo e seguiu com um acompanhamento voltado às especificidades da situação.

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Noah se desenvolveu normalmente por 28 semanas, até julho de 2022, quando nasceu.

"Ele não tinha batimentos cardíacos. Ficou dois dias intubado, três na ventilação de oxigênio e na fototerapia por duas semanas. Depois, só continuou na sonda, com uso de acesso venoso para [receber] medicamentos", relata Kathleen.

O bebê conseguiu se recuperar e, atualmente, está saudável. Apesar disso, a mãe se recorda dos períodos de extrema dificuldade que enfrentou na primeira gravidez. "Foi na fé. Meu período de gestação representa isso, porque quando eu não tinha forças. Eu estava totalmente vulnerável", acrescenta Kathleen.

A jovem, que fez todo o acompanhamento da gestação no HRC, conta que, em março de 2022, estava em casa, quando sentiu um líquido escorrer.

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No hospital, inicialmente, os médicos acharam que ela teria urinado sem perceber. No entanto, um exame constatou que a bolsa amniótica havia se rompido.

Devido aos riscos do quadro, os profissionais de saúde recomendaram a interrupção da gravidez, mas Kathleen preferiu dar continuidade à gestação. "Os médicos me informaram que era inviável, que eu teria de fazer um procedimento abortivo", detalha a moradora de Ceilândia.

Mesmo com a possibilidade de morrer, a jovem preferiu não passar pelo processo e seguiu com um acompanhamento voltado às especificidades da situação. Noah se desenvolveu normalmente por 28 semanas, até julho de 2022, quando nasceu.

"Ele não tinha batimentos cardíacos. Ficou dois dias intubado, três na ventilação de oxigênio e na fototerapia por duas semanas.

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Depois, só continuou na sonda, com uso de acesso venoso para [receber] medicamentos", relata Kathleen.

O bebê conseguiu se recuperar e, atualmente, está saudável. Apesar disso, a mãe se recorda dos períodos de extrema dificuldade que enfrentou na primeira gravidez. "Foi na fé. Meu período de gestação representa isso, porque quando eu não tinha forças. Eu estava totalmente vulnerável", acrescenta Kathleen.

Riscos e ponderações

Ginecologista e obstetra, a médica Lucila Nagata afirma que, em casos de alto risco, a gravidez pode continuar, a depender da idade gestacional e se a mãe não entrar em trabalho de parto ou tiver alguma infecção.

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Por isso, o processo deve ser acompanhado com controle laboratorial e monitoramento médico.

Diante de um rompimento da bolsa de grávidas com 14 semanas, o aborto é considerado inevitável, segundo a ginecologista. Geralmente, indica-se o esvaziamento do útero, com uso de medicação. Se necessário, é feito o processo de de curetagem, para retirada de restos da placenta.

Lucila acrescenta que os profissionais da saúde devem analisar cada quadro individualmente quando isso ocorre até as 22 semanas de gestação. "[É preciso] ver se tem líquido [amniótico ainda]. Se não, explicar para a família os riscos. Esse caso foi uma exceção, pois a maioria das bolsas rompidas pode levar ao trabalho de parto depois de algumas horas ou semanas. Ainda há o risco de infecção uterina, e tudo isso deve ser explicado para a família", enfatiza a médica.

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A obstetra lembra que o feto precisa do líquido amniótico para proteção e para desenvolvimento das vias digestiva, urinária, intestinal e pulmonar. Sem isso, os órgãos do futuro bebê não se desenvolvem adequadamente, o que pode comprometer a vida da criança após o nascimento.

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