Os últimos dias na Boaz haviam sido de pura tensão. Samuel passava horas trancado na sala da presidência analisando números, tentando encontrar uma saída para a crise que ameaçava afundar a empresa de vez. As dívidas fiscais se acumulavam, os prazos batiam à porta e a equipe começava a perder as esperanças.
Rosa, por sua vez, observava tudo com o coração apertado. Mesmo aposentada da gestão ativa, ela ainda acompanhava de perto os rumos da fábrica que ajudou a erguer. Sabia que Samuel estava se esforçando, mas também via o peso que o filho carregava nas costas.
— Esse menino vai adoecer se continuar desse jeito — murmurou, preocupada, ao conversar com Leona nos corredores.
A jovem estilista concordou. — Ele mal dorme, Rosa.
A gente tenta ajudar, mas parece que nada dá certo.
Foi nesse instante que algo acendeu na mente da matriarca. Uma lembrança antiga, de quando a Boaz ainda era pequena e sobrevivia com criatividade, não com luxo.
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