A relação entre Samir e Zulma sempre foi um dos territórios mais delicados, confusos e cheios de nuances emocionais em Êta Mundo Melhor.
De um lado, o menino que cresceu acreditando que era rejeitado, que carregava marcas profundas de abandono e sofrimento.
Do outro, a mulher que, apesar de todos os erros, também criou uma espécie de afeto torto pelo garoto — um afeto que jamais soube demonstrar da forma certa, mas que existia ali, escondido em seus gestos bruscos e em seu orgulho desmedido.
Depois que Candinho descobre a verdade e leva Samir para morar com ele na mansão, parecia que as pontes estavam completamente queimadas entre o menino e Zulma.
Mas o destino — e o coração enorme de Samir — nunca se comportam como o esperado.
E é aí que vem a cena que muda tudo.
Zulma acorda cedo como sempre, organizando as tarefas, tentando manter a rotina firme para não demonstrar que está sofrendo por dentro.
Desde que Samir deixou o orfanato, ela se sente simultaneamente aliviada — por não precisar mais lidar com a verdade sendo esfregada em seu rosto — e despedaçada, porque, de alguma forma, ela gostava dele.
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