Desde que se aproximara de Sandra e Ernesto, Inês mostrava ser uma aliada fiel — sempre disposta a ajudar nos golpes, nas fugas e até nos disfarces.
Mas, por trás do sotaque doce e dos modos elegantes, havia uma mulher muito mais esperta do que os dois vilões podiam imaginar.
Nos últimos dias, ela vinha observando o casal com atenção, estudando seus hábitos e, principalmente, os esconderijos onde guardavam o dinheiro dos golpes.
Ernesto, confiante demais, deixava tudo em uma mala trancada no armário; já Sandra, vaidosa como sempre, mantinha suas joias espalhadas pela penteadeira, como se o brilho das pedras fosse um troféu de suas falcatruas.
Certa noite, enquanto fingia arrumar as malas para a viagem de volta a Portugal, Inês olhou-se no espelho e murmurou:
— Pois agora é que a esperta sou eu, meus amores. Vão aprender que portuguesa não nasce pra ser enganada.
O golpe perfeito
No dia seguinte, Sandra e Ernesto discutiam sobre o próximo plano quando Inês entrou na sala, com um sorriso disfarçado.
— Acho que vou sentir falta de vocês — disse, dramática. — Mas minha vida tá chamando lá em Lisboa.
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