Candinho nunca deixou de acreditar que Samir estava correndo perigo. Desde o desaparecimento do menino, ele seguiu cada pista, cada rumor e cada intuição que surgia. E foi justamente essa teimosia — ou fé, como ele preferia chamar — que o levou até um galpão afastado, no meio da estrada poeirenta, com as paredes altas e janelas trancadas por grades enferrujadas.
Ao lado dele, a lealdade de sempre: Zé dos Porcos, Asdrúbal e Picolé, que mesmo com medo não pensaram duas vezes em acompanhá-lo. O grupo caminhava com cautela, como se cada passo ecoasse no coração, até que Candinho parou diante da grande porta de ferro.
Ele respirou fundo, passou a mão pela madeira do rosário que trazia no bolso e murmurou:
— É aqui… eu sinto que o Samir tá aqui dentro.
Quando finalmente encontraram uma fresta para espiar o interior do galpão, Candinho viu uma cena que o fez gelar o sangue: Samir e Jasmin estavam amarrados, visivelmente cansados, mas ainda cheios de esperança.
O artigo não está concluído, clique na próxima página para continuar