Tudo começa com um detalhe que não combina com a versão "anjo cuidadora": o cartão de crédito com o nome de Odete Roitman nas mãos de "Ana Clara". É a fagulha. Mário Sérgio testa o óbvio — joga a questão no colo da própria Odete. A empresária não nega, não confirma: "Não é da sua conta." Quando Odete fecha a porta desta forma, o público sabe: há algo a esconder.
Mário decide cruzar charme com método. Liga para "Ana Clara", propõe um jantar na Zona Sul. Entre taças e meia-luz, a pergunta vai direto ao nervo:
— "Quem é você quando a Odete entra na história?"
Por um segundo, a máscara vacila. "Ana Clara" engasga, recupera a pose, inventa urgência no celular e vai embora. Só que desta vez Mário paga a conta e segue o táxi. O destino? Uma chácara escondida entre árvores e silêncio — exatamente onde segredos gostam de dormir.
De volta à cidade, Mário ativa um detetive. O envelope que chega dias depois não traz só papel: traz um desmoronamento. "Ana Clara" não existe. O nome real é Isabela, com passagens por golpes financeiros, companhias perigosas e aparições que somem antes do nascer do dia.
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