A mansão dos Roitman estava mergulhada em um silêncio sufocante. Depois da explosiva briga entre Afonso e Maria de Fátima, que resultara na expulsão da jovem, a atmosfera era de luto e tensão. Mas Fátima não parecia disposta a sair de cabeça baixa. Ao contrário: tramava uma saída triunfal, carregando consigo tudo o que acreditava ter conquistado.
Com raiva nos olhos, ela entrou no quarto, abriu o closet e começou a encher malas e mais malas. Vestidos importados, sapatos de grife, casacos que haviam custado fortunas. Nada escapava. Cada peça era jogada nas malas como se fosse um troféu.
— Pelo menos, se querem me expulsar, vão me expulsar rica! — murmurava, enquanto puxava cabides e caixas.
Mas Fátima não esperava encontrar Celina parada na porta, de braços cruzados e expressão firme.
A tia observava a cena com frieza, deixando claro que não permitiria aquele espetáculo.
— E o que exatamente você acha que está fazendo? — perguntou Celina, a voz cortante.
Maria de Fátima deu um salto, mas logo recuperou a pose.
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