Os dias passam tranquilos na fazenda de Túlio, mas dentro de Estela reina um turbilhão de emoções. Desde que foi resgatada após o misterioso acidente, ela vive entre sonhos fragmentados e lembranças soltas que surgem e desaparecem como névoa. Mesmo sem saber quem era antes, encontra conforto na presença de Túlio, o rapaz que lhe estendeu a mão quando tudo parecia perdido.
Enquanto o campo desperta com o canto dos pássaros, Estela o observa de longe. Ele corta lenha, fala com os animais, ri com os trabalhadores — sempre com um ar sereno, como se carregasse a paz que falta dentro dela. Com o tempo, o que começou como gratidão passa a se transformar em algo mais profundo.
Túlio também sente algo diferente. Desde o dia em que encontrou Estela caída à beira da lagoa, ferida e desorientada, ele nunca mais foi o mesmo.
A presença dela iluminou a casa, e cada gesto simples dela parece tocar partes do coração dele que estavam adormecidas.
Mas entre os dois ainda há um muro invisível: o passado esquecido de Estela.
Certa tarde, enquanto recolhem frutas no pomar, Estela para de repente e leva a mão à cabeça.
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