A plataforma da Estação Central nunca foi tão silenciosa. O apito do trem pareceu um lamento e, entre malas e olhares perdidos, uma figura solitária ocupava o centro da cena: Ronaldo (Gabriel Leone), o irmão mais novo de Beto (Pedro Novaes), partia. Em silêncio, carregava consigo não apenas roupas e pertences, mas fragmentos de um coração partido e o gosto amargo das escolhas que não foram suas.
A saída de Ronaldo representa não apenas a fuga de um país que já não o abraçava, mas também o fim de uma era. E de um amor que nunca teve chance de florescer plenamente.
A decisão de Ronaldo amadureceu em silêncio. Após a exposição pública do rompimento com Bia (Maisa Silva), com quem mantinha um relacionamento marcado por idas e vindas, mentiras e manipulações, o jovem começou a perder o chão.
Ele tentou continuar. Visitou o orfanato reformado por Beatriz (Duda Santos), tentou se reaproximar de Beto, voltou a trabalhar com Raimundo (Danton Mello) na gráfica da família. Mas nada mais fazia sentido.
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