Desde que vira Zulma se aproximando cada vez mais de Candinho, Dita carregava no peito um peso insuportável. O beijo armado por Zulma havia deixado feridas, mas também despertado nela uma certeza: ou lutava por seu amor, ou o perderia de vez.
Naquela noite, deitada sem conseguir dormir, ela olhou para Joaquim, que dormia tranquilo.
Passou a mão nos cabelos do filho e murmurou:
— O coração da mamãe já sofreu demais. Tá na hora de lutá pelo que a gente merece.
Determinada, levantou-se cedo no dia seguinte, vestiu seu melhor vestido simples e seguiu para a casa de Celso, onde sabia que Candinho estava hospedado.
Candinho cuidava de Policarpo no quintal quando ouviu passos apressados. Ao levantar a cabeça, viu Dita se aproximando.
O coração dele disparou, misto de alegria e receio.
— Dita? O que ocê tá fazendo aqui? — perguntou, limpando as mãos na calça de algodão.
Ela parou diante dele, o olhar firme, mas carregado de emoção.
— Tô aqui porque num dá mais pra ficá longe de ocê, Candinho.
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