O Teatro Municipal do Rio de Janeiro estava em sua glória máxima naquela noite. Luzes douradas refletiam na fachada histórica, fotógrafos disputavam cada clique, e o saguão era um desfile de vestidos de alta costura e ternos impecáveis. A elite carioca se reunia para mais um evento patrocinado por grandes empresários, incluindo nomes ligados à família
Roitman e à poderosa TCA.
Entre os convidados, estavam Afonso e Celina, representando a imagem perfeita da sofisticação. Mas, discretamente, no meio daquela atmosfera glamorosa, Maria de Fátima chegava com um olhar diferente: o brilho nos olhos não era de empolgação pelo espetáculo, e sim de tensão e inquietude.
Desde que Celina lhe dissera, com um sorriso venenoso nos lábios, que Afonso era estéril, Maria de Fátima não tivera uma noite de sono tranquila.
A mentira – que ela acreditava ser verdade – corria como veneno em suas veias. Na cabeça dela, não havia dúvidas: o filho que esperava só podia ser de César.
O que para muitos poderia ser apenas mais uma reviravolta da vida, para Fátima era uma sentença de morte para seus planos.
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