Ivan está saindo apressado de uma reunião quando esbarra com Heleninha no saguão do prédio onde ambos ainda têm salas comerciais. Os dois ficam parados por um instante, surpresos. Nenhum deles esperava por aquele reencontro — mas o destino, como sempre, adora pregar peças onde há feridas abertas.
— Heleninha… — diz Ivan, surpreso.
— Ivan — responde ela, com um leve sorriso, mas com os olhos carregados de saudade.
A troca de olhares é intensa. Silenciosa. Carregada de tudo o que foi dito — e do que nunca foi.
— Quanto tempo — ele comenta, tentando soar casual.
— Nem tanto… quando a saudade bate todo dia.
A frase sai sem filtro. Ivan sente. E sorri, encabulado.
— Quer tomar um café?
Ela hesita. Depois assente.
— Quero.
O café vira confissão
Minutos depois, os dois estão sentados num canto reservado de uma cafeteria discreta. O papo começa leve: novidades, trabalho, o dia a dia. Mas, aos poucos, as palavras vão ganhando peso.
— Você desapareceu, Ivan — diz Heleninha.
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