Era uma tarde aparentemente tranquila no casarão. Candinho havia saído para resolver pendências na fábrica, e boa parte dos empregados estava ocupada em seus afazeres. Samir brincava no jardim, improvisando uma corrida de tampinhas de garrafa como se fossem carrinhos de corrida, quando Celso apareceu.
O rapaz vinha ensaiando aquela conversa há dias, esperando justamente um momento em que Candinho não estivesse por perto.Com um sorriso calculado e um tom de voz manso, Celso se aproximou:— E aí, campeão? Está se divertindo? — perguntou, agachando-se para ficar na altura do garoto.Samir, que ainda não conhecia bem as intenções de Celso, respondeu educadamente, mas sem muita empolgação:— Tô só brincando… esperando o Candinho voltar.
— Ah, o Candinho… — Celso suspirou de maneira quase teatral. — Ele gosta muito de você, sabe? Mas… às vezes, as pessoas começam a mudar de ideia quando escutam certas coisas.Samir franziu a testa, sem entender aonde aquela conversa queria chegar.
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