Nos últimos dias, Sofia tem se sentido inquieta. Há um peso no ar, uma sensação estranha que ela não consegue explicar. Tudo começa com sonhos confusos, cheios de imagens borradas, gritos abafados e a figura de Leo cercada por sombras. Ao acordar, o coração bate acelerado, e a angústia permanece como uma nuvem sobre o peito.
— Não sei o que é, mas sinto que algo vai acontecer com a Leo — diz Sofia para Dóris, olhando pela janela, com os olhos perdidos em pensamentos.
Dóris tenta tranquilizá-la:
— Às vezes a gente só tá ansiosa. Pode ser só isso.
Mas Sofia sabe que não é apenas ansiedade. É algo mais forte. Mais nítido. Quase como um aviso.
No dia seguinte, Sofia cruza com Leo na praça.
As duas trocam poucas palavras, mas Sofia repara em cada detalhe: o olhar distante, os ombros curvados, o jeito nervoso de segurar o celular. Leo parece aflita, desconectada do mundo ao redor.
— Tá tudo bem? — pergunta Sofia, com cuidado.
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