Celso nunca se esqueceu daquele fim de tarde nublado, quando encontrou Estela caída no chão do quarto, pálida, com os olhos vidrados como se o mundo ao redor não existisse. Ela tremia. Murmurava palavras desconexas. E por mais que ele a chamasse, ela não respondia.
— Estela! Estela, fala comigo! — gritou, ajoelhado ao lado da cama.
Ela apenas repetia uma frase:
— Eles… eles ainda tão aqui…
Sem perder tempo, Celso a pegou nos braços e a levou até o hospital mais próximo, onde o doutor Lauro estava de plantão.
A chegada ao hospital
A enfermaria estava agitada, mas o olhar de Lauro mudou assim que viu o estado de Estela.
— O que houve? — perguntou ele, já indicando uma maca.
— Não sei ao certo. Ela desmaiou, estava em pânico. Não responde direito.
Lauro examinou os sinais vitais, pediu silêncio aos enfermeiros e imediatamente iniciou uma bateria de exames: sangue, tomografia, avaliação neurológica e acompanhamento psicológico de emergência.
— Vamos cuidar dela.
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