Os últimos dias não estavam sendo fáceis para Sofia. Desde que se mudou para a casa de Leona, a menina vinha se esforçando para não dar trabalho, ajudar nas tarefas e ser discreta. Mas, no fundo, um sentimento incômodo crescia dentro dela — o medo de não pertencer àquele lar.
Naquela noite, depois do jantar, Sofia ficou em silêncio no sofá, abraçada a um ursinho de pelúcia que ganhara de Leona.
O olhar distante denunciava a tristeza.
Leona, ao notar o semblante abatido da garota, sentou-se ao lado dela. — Ei… o que foi, pequenina? Tá com essa carinha por quê?
Sofia hesitou antes de responder, a voz baixa e embargada. — É que… às vezes eu acho que tô atrapalhando.
Leona franziu o cenho, surpresa. — Atrapalhando?
— É… você já tem tanto trabalho, tanta coisa pra cuidar… e ainda tem que cuidar de mim.
Eu não queria ser um fardo, Leona.
As palavras inocentes da menina atingiram Leona em cheio. Ela ficou sem reação por um instante, sentindo o coração apertar.
Leona segurou o rosto da menina com delicadeza e sorriu com ternura.
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