Os dias de Rosa vinham sendo cada vez mais confusos. A matriarca da família, que já enfrentava lapsos de memória e episódios de desorientação, começou a misturar lembranças antigas com o presente.
Certa tarde, ao ver Daisy brincando no jardim, Rosa se emocionou. Na mente fragilizada, a imagem da menina se confundiu com a de Sofia, sua bisneta.
— Sofia… é você, meu amor? — perguntou, com um sorriso doce, chamando Daisy para perto. — Eu sabia que você ia voltar pra mim.
A menina, sem entender, apenas retribuiu o abraço. E foi nesse instante que Jaques apareceu na varanda e presenciou a cena — o olhar dele frio, calculista, imediatamente reconhecendo uma oportunidade.
— A senhora tá falando com quem, mãe? — perguntou, disfarçando o interesse.
— Com a Sofia, Jaques! — respondeu Rosa, com lágrimas nos olhos. — Ela voltou pra casa.
Ele sorriu de canto. — Ah… claro, mãe. Que bom que a nossa Sofia voltou.
Mais tarde, Jaques se trancou no escritório e começou a formular um novo plano.
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