Após ser expulso de casa pelo Coronel e ver seus planos desmoronarem um a um, Arturzinho tenta desesperadamente encontrar uma nova base de apoio em Santana do Agreste. Sem aliados, sem prestígio e cada vez mais isolado, ele decide recorrer a uma jogada ousada: propor uma parceria com Dona Milu, a benzedeira mais influente — e mais temida — da cidade.
Milú, com sua fama de ver o que os outros tentam esconder, podia, se quisesse, mudar a maré a favor de Arturzinho. E ele sabia disso.
Mas o que Arturzinho não sabia era que Dona Milu já o havia visto de corpo e alma — e não gostara do que viu.
Com seu melhor terno já amassado e a lábia treinada, Arturzinho foi até a pensão de Milu no fim da tarde, quando o salão estava cheio de fregueses tomando café e contando novidades.
Tentou se mostrar humilde, arrependido, cheio de boas intenções:
— Dona Milu, a senhora sabe que Santana precisa de gente disposta a construir um futuro melhor. Eu mudei. Quero reparar os erros. E ninguém melhor do que a senhora pra estar ao meu lado nesse novo começo.
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