Depois da revelação de que Rosa havia transferido metade de suas ações para Sofia, Jaques acreditou ter encontrado a arma perfeita para anular a decisão da mãe: a interdição judicial. Convicto de que poderia questionar a capacidade dela de gerir o próprio patrimônio, o empresário preparava seus argumentos, certo de que, desta vez, conseguiria desmoralizá-la diante dos acionistas da Boaz.
Mas o que ele não imaginava é que o próprio advogado, Ricardo, iria desmontar seus planos antes mesmo de dar o primeiro passo.
Na sala da diretoria, Jaques apresentou sua ideia com a arrogância de sempre. Batia na mesa, enumerava supostos lapsos de memória de Rosa e reforçava o discurso de que a mãe não tinha mais condições de tomar decisões importantes.
Ricardo ouviu tudo em silêncio, até que, com um ar calculado, deixou escapar a verdade que Jaques não queria ouvir:
— Você não vai conseguir interditar a Rosa, Jaques.
O empresário arregalou os olhos, incrédulo. — Como é que é?
Ricardo cruzou os braços, firme. — Antes de transferir as ações, sua mãe passou por uma bateria de exames psicológicos e médicos.
O artigo não está concluído, clique na próxima página para continuar