Era uma daquelas tardes quentes no Rio de Janeiro, em que o sol parecia queimar até as sombras. A mansão estava mais silenciosa do que de costume; Afonso tinha saído para uma reunião na TCA, e a maioria dos empregados estava ocupada na área de serviço. Celina aproveitava para cuidar de alguns papéis no escritório quando, ao subir para guardar um documento no cofre do quarto, percebeu algo inusitado.
Ao passar pelo corredor, notou que a porta do quarto de Maria de Fátima estava apenas encostada. Pequenos detalhes sempre chamavam a atenção de Celina — e, naquela casa, nada passava despercebido. Ela parou por um instante, ouvindo o leve som de um ventilador ligado, e sentiu o impulso irresistível de entrar.
Deu dois passos para dentro e olhou ao redor.
O quarto estava impecavelmente arrumado, mas sobre a cômoda havia um pequeno embrulho de farmácia. A curiosidade falou mais alto. Celina se aproximou, puxou o papel e ali estava: um teste de gravidez ainda dentro da embalagem.
O artigo não está concluído, clique na próxima página para continuar