A noite cai sobre a fazenda, e o silêncio é interrompido apenas pelo som distante dos grilos. No quarto modesto onde está hospedada, Estela dorme profundamente. A recuperação tem sido lenta e dolorosa, marcada por lapsos de memória e um sentimento constante de vazio. Mas, naquela madrugada, algo diferente acontece.
Um sonho — tão real que parece ultrapassar o limite entre o céu e a terra — muda tudo.
Estela se vê em um campo florido, iluminado por uma luz suave. O vento sopra leve, e, à distância, surge uma mulher vestida de branco. O rosto é sereno, os olhos carregam bondade e uma tristeza antiga. Quando se aproxima, Estela sente o coração disparar.
— Maria? — murmura, com a voz embargada. — É você?
A mulher sorri com doçura.
— Sim, Estela. Sou eu. Vim falar com você.
O público, acostumado à presença espiritual de Maria desde sua morte, reconhece o significado profundo desse momento: o reencontro entre duas almas ligadas pelo amor e pela verdade.
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