Clarice sempre soube quem era. Mas por anos, foi forçada a viver sob um nome que não lhe pertencia. "Clarice Alencar" — uma identidade inventada por Juliano para prendê-la em uma vida de manipulação, silêncio e submissão. O nome verdadeiro, Clarice Dourado, foi sendo sufocado com remédios, chantagens e medo.
Mas agora, com a investigação sobre a morte de Valéria avançando, com os crimes dos Alencar vindo à tona e com o mapa do corpo já entregue à polícia, o delegado Maurício exige uma última peça para formalizar o processo:
— Preciso saber quem você é. Oficialmente. No papel e na alma.
A sala de interrogatório está em silêncio. Clarice encara o delegado com firmeza.
Teresa, ao seu lado, aperta sua mão. Do outro lado da porta, Isabel e Beatriz aguardam.
— Não posso mais continuar registrando seus depoimentos como Clarice Alencar — diz Maurício. — Esse nome é uma fraude.
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