Zélia acorda antes do amanhecer com o coração acelerado. O dossiê que esconde no fundo do guarda-roupa — com provas contra Juliano, Maristela e até documentos que incriminam figuras influentes — está pesando como uma bomba-relógio. Nos últimos dias, ela percebe que está sendo vigiada. O telefone faz ruídos estranhos.
Um carro escuro passou quatro vezes pela sua rua. E ontem à noite, teve certeza de que alguém mexeu na janela da sala.
Ela não pode mais esperar. Decide fugir antes que seja tarde demais. Pega o dossiê, uma maleta com roupas e algum dinheiro escondido, e sai em silêncio. Orlando, seu marido, dorme no sofá, embriagado. Ela nem se despede.
— É agora ou nunca.
O dossiê contém detalhes da falsa identidade usada por Juliano na compra do orfanato, testemunhos forjados, cópias de depósitos ilegais e uma lista com nomes de pessoas que receberam dinheiro para silenciar investigações.
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