a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal, investigou um esquema de emissão fraudulenta de certificados de vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde. A investigação descobriu que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e outros envolvidos tinham conhecimento dos atos ilícitos praticados e estavam preocupados em serem descobertos pelas autoridades policiais.
As mensagens interceptadas pela PF mostram que houve uma primeira tentativa de fraude em janeiro de 2021, quando Cid pediu ajuda a um sargento para obter um certificado de vacinação falso para a sua esposa, Gabriela Cid. O certificado foi obtido por meio de dados copiados de uma enfermeira registrada em uma unidade de saúde em Cabeceiras, em Goiás.
No entanto, os lotes da vacina utilizados para a esposa de Cid tinham origem em Cabeceiras e não foram distribuídos para o Rio de Janeiro, onde os dados foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde, o que gerou um erro no processo.
Ao final do esquema, o cartão de vacinação falso da esposa de Cid foi emitido por uma unidade de saúde em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
A PF concluiu que Jair Bolsonaro e seu ajudante de ordens, Mauro Cid, tinham "plena ciência" da fraude no cartão de vacinação do ex-presidente.
O texto está bem organizado e apresenta de forma clara e concisa os detalhes da investigação realizada pela Polícia Federal na Operação Venire. O autor destaca os pontos-chave do esquema fraudulento, como a preocupação dos envolvidos em serem descobertos, as tentativas de fraude, a origem dos lotes de vacinas e a mudança do local de emissão do certificado.
Além disso, o autor mostra a relação entre os envolvidos, como o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e o advogado e militar da reserva Ailton Barros, que foi acionado para realizar uma nova tentativa de fraude.