Caco sempre foi visto como alguém expansivo, brincalhão, mas por trás desse jeito leve guardava um turbilhão de sentimentos desde que aceitou ser o doador da gravidez de Ayla. No início, acreditava que poderia lidar com isso de maneira prática: doar, ajudar, seguir em frente. Mas conforme a gestação avançava, algo dentro dele começou a mudar.
Ele já não via a situação apenas como um "ato de ajuda", e sim como uma ligação profunda, visceral. Ao observar Ayla com a barriga crescendo, o desejo de estar presente como pai de verdade se tornou mais forte que a prudência.
A cena acontece em um final de tarde, quando Ayla descansava na varanda. Caco, visivelmente nervoso, pediu para conversar:
— Ayla, eu não consigo mais guardar isso… Eu quero ser o pai do seu filho.
Quero estar presente em tudo.
O silêncio da jovem foi imediato e pesado. Ela apertou as mãos no braço da cadeira, tentando controlar a respiração.
— Caco, não. Isso é impossível. Você foi só o doador. Nós tivemos um acordo.
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