Basílio sempre foi um homem que jogava em silêncio, estrategista por natureza.Mesmo envolvido em armações ao lado de Maristela no passado, nos últimos tempos ele passou a observar tudo com mais ceticismo — e até culpa.
E foi exatamente por estar atento aos sussurros nos bastidores da Perfumaria Carioca que ele
ouviu o que não deveria.
Um segurança ligado a Juliano cochichava ao telefone, dizendo:
— Está tudo pronto. Amanhã à noite ela entra, mas não sai.O problema Clarice vai ser resolvido de uma vez por todas.
Basílio gela.
— Eles vão matá-la.
Sem avisar ninguém, decide que precisa agir.E rápido.
A dúvida moral
Durante horas, Basílio caminha em círculos no jardim da mansão.
Clarice pode ter sido uma adversária.
Mas nunca uma ameaça real.Ela apenas queria justiça. Verdade. Liberdade.
E isso, no fundo, ele respeita.
— Maristela perdeu o controle. E Juliano está indo longe demais. — murmura para si mesmo.
Ele pensa em avisar Clarice diretamente, mas sabe que pode estar sendo vigiado.
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