Bia não consegue mais conter a inquietação que consome suas madrugadas. Desde que ouviu uma conversa truncada entre Juliano e Maristela mencionando o nome de Valéria com medo e raiva, algo despertou em sua mente. A avó Arlete, sempre tão arredia e reservada, parecia esconder mais do que deixava transparecer.
Decidida a não viver na dúvida, Bia resolve procurá-la, sem avisos ou cerimônias.
Naquela tarde abafada, Bia desce do táxi em frente à casa de Arlete, com o coração acelerado e um caderno nas mãos. A velha senhora, ao abrir a porta, leva um susto ao ver a neta que raramente lhe faz visitas.
— Bia? O que está fazendo aqui? — pergunta Arlete, franzindo a testa.
— Eu preciso falar com você. É sobre a Valéria.
E eu não vou embora sem respostas.
Arlete hesita por um instante. O nome de Valéria ainda provoca um calafrio que percorre sua espinha. Ela dá um passo para o lado e permite a entrada da neta.
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