Beatriz está na biblioteca do orfanato de Dona Carmem quando Bia chega de surpresa, cabisbaixa, com os olhos inchados de tanto chorar. A intenção era apenas devolver um livro que pegara dias atrás, mas ao ver Beatriz ali sozinha, o coração dispara. Por um instante, hesita em ir embora, mas a outra a vê e fala em tom neutro:
— Pode entrar. A gente precisa conversar mesmo.
Bia se aproxima com cuidado, como quem pisa em cacos de vidro. Sabe que tem pouco crédito com Beatriz, depois de tantas mentiras e armadilhas, mas alguma coisa naquela expressão serena da outra mulher a faz permanecer.
— Eu não vim me justificar — começa Bia, com a voz baixa. — Sei que ninguém aqui acredita mais em mim, e talvez com razão.
Só queria deixar claro que… eu nunca brinquei com os sentimentos do Ronaldo.
Beatriz não responde de imediato. Apenas fecha o livro que estava lendo e cruza os braços. Sua postura não é de ataque, mas de análise.
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