A luz do fim de tarde entrava pela janela da mansão como se o mundo, naquele instante, estivesse finalmente disposto a conspirar a favor de Candinho e Dita. Depois de tantas dores, quedas, enganos, separações, golpes e medos que quase destruíram a vida deles, o que se formava agora diante dos dois era algo que por muito tempo pareceu impossível:
uma família completa.
A mesa estava posta com cuidado — não por empregados, não por luxo, não para impressionar ninguém. Mas porque eles queriam fazer aquilo juntos. Uma celebração íntima, sincera, de quatro almas que finalmente se encontravam depois de percorrer caminhos tão tortuosos.
Joaquim corria pela sala como se fosse um raio de alegria. Samir, mais tímido, observava tudo com o olhar curioso de quem ainda se acostumava com a ideia de ter um pai… e não qualquer pai.
O pai que ele havia desejado em silêncio durante toda a vida.
Dita arrumava alguns talheres quando sentiu mãos quentes envolverem sua cintura.
Era Candinho.
O olhar dele… ah, o olhar dele estava diferente.
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