Durante toda a sua vida, Beto foi moldado para obedecer. Cresceu em meio ao controle de Raimundo e à sombra da mãe ausente, Lígia. Sempre se sentiu pressionado a manter as aparências, a proteger a família, a evitar escândalos. Mas depois de tudo o que viu acontecer com Clarice, Beatriz, Isabel e até com sua própria irmã Celeste, algo mudou.
Principalmente quando descobriu que Juliano e Maristela haviam ameaçado Beatriz, sua cunhada, e tentado silenciar Clarice com anos de remédios e internações forçadas. Aquilo ultrapassava qualquer limite moral. Era criminoso.
— Não dá mais pra ficar quieto — disse Beto, encarando seu próprio reflexo.
O que poucos sabiam era que Beto vinha reunindo provas há meses. Documentos escondidos no antigo escritório de Alfonso, áudios vazados por funcionários leais a Carmem e até mensagens anônimas que haviam sido encaminhadas para ele após sua aproximação com Beatriz.
Entre os arquivos estavam:
Extratos de contas ligadas a ONGs de fachada dos AlencarComprovantes de compra do orfanato em nome falsoRelatórios de clínicas com a internação forçada de ClariceRegistros de pagamentos a policiais corruptosFotos que ligavam Maristela à manipulação de documentos da prefeitura
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