Heleninha não sabe se vai ou se volta. Depois de semanas pensando em Ivan, ensaiando mentalmente o que diria se o visse de novo, ela resolve tomar coragem. A exposição de arte em Ipanema, frequentada por figuras da alta sociedade, parece o lugar ideal para um reencontro "casual". E de fato, funciona.
Ivan está lá, elegante como sempre, conversando com alguns executivos. Quando seus olhos cruzam com os de Heleninha do outro lado do salão, o tempo parece parar. Ela força um sorriso e caminha até ele, sentindo o coração acelerar.
— Ivan… que surpresa boa.
Ele responde com um aceno discreto.
— Heleninha… você por aqui?
Eles conversam por alguns minutos, relembram com certa formalidade o passado em comum, o tempo que dividiram.
Mas enquanto Heleninha tenta manter o tom leve, Ivan parece distante. Os olhos dele evitam os dela. E quando a conversa ameaça ganhar profundidade, ele muda de assunto.
— Ainda pintando?
— Sempre. A arte foi o que me segurou em pé depois de tudo.
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