A sala de criação da Boaz nunca esteve tão movimentada.
Tecidos espalhados, manequins cobertos por tecidos de seda, croquis presos na parede — e no centro de tudo, Leona, com o olhar concentrado e um brilho raro no rosto.
Era o momento dela.
A coleção que vinha preparando há meses finalmente ganharia vida nas passarelas, e toda a equipe comentava o quanto aquele desfile poderia redefinir o nome da marca.
Mas enquanto o entusiasmo tomava conta do estúdio, um olhar destoava do clima de celebração.
Encostado à mesa, Breno observava em silêncio.
O mesmo ambiente que antes era seu território agora parecia girar em torno de outra pessoa.
E esse sentimento, que ele fingia ser apenas preocupação profissional, tinha nome: inveja.
— Leona, esse tecido azul é o que você quer pra abertura, certo? — perguntou Ayla, empolgada.
— Exatamente — respondeu ela, sem nem precisar olhar. — Ele transmite liberdade e leveza. É o que quero que o público sinta logo de cara.
Breno, que assistia à conversa, cruzou os braços. — Azul? Não acha meio… comum?
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