Maristela cambaleia pela mansão com um sorriso de loucura no rosto. A garrafa de vinho quase vazia balança em sua mão enquanto seus saltos batem tortos no mármore. Juliano, distraído no sofá, levanta os olhos ao ver a mãe entrar naquele estado. Ela joga a bolsa na mesa e se joga na poltrona, rindo alto.
— Aconteceu, meu filho… aconteceu! — exclama, exaltada.
Juliano se levanta, apreensivo.
— Do que você tá falando?
Ela levanta a mão com os dedos formando uma taça imaginária e diz:
— Brindemos ao fim de um problema chamado Geraldo. Ele… caiu no poço do elevador.
Juliano arregala os olhos.
— Como assim caiu?
Maristela anda pela sala, eufórica, e explica entre risos: empurrou Geraldo até a beira, sem sinalização, sem testemunhas.
Ele caiu no escuro e sumiu. Segundo ela, foi um "acidente perfeito".
Juliano hesita, chocado, mas aos poucos começa a racionalizar. Se ninguém viu, ninguém saberá. Maristela propõe um brinde: à liberdade.
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