Depois de tantos acontecimentos turbulentos, o clima na casa de Candinho é de calmaria. O caipira, aliviado por Dita estar fora de perigo e por Sandra estar longe, aproveita a tarde para brincar com as crianças do orfanato, que vieram visitá-lo.
Entre risadas e brincadeiras, Samir parece diferente. Mais quieto, pensativo.
Candinho percebe o olhar distante do menino e se aproxima, com aquele jeito doce que conquista todo mundo.
— Uai, Samir, ocê tá tão caladinho hoje. Que que foi, sô?
O menino dá de ombros, fingindo desinteresse.
— Nada, Candinho. Tô só pensando.
— Pensando em quê, meu filho?
Samir hesita. A palavra "filho" o faz baixar a cabeça, e o silêncio toma conta da sala. Ele finalmente olha para Candinho, com os olhos marejados.
— Eu… eu queria sê mesmo seu filho.
Candinho, sem entender, arregala os olhos.
— Oxe, mas que conversa é essa, menino?
Samir respira fundo e decide abrir o coração.
— É que o senhor é bom. O senhor ajuda todo mundo, fala com jeito, não maltrata ninguém.
O artigo não está concluído, clique na próxima página para continuar