Os dias na mansão da família estavam mais pesados do que nunca. Desde que Jaques anunciou sua intenção de reivindicar a guarda de Sofia, o ambiente se tornara um verdadeiro campo de guerra.
Samuel, determinado a proteger a menina de qualquer manipulação, via com horror a aproximação de Filipa com o tio — e o que era preocupação logo se transformou em raiva.
Naquela manhã, ele entrou no escritório com o semblante fechado, segurando uma pasta de documentos. Filipa estava ali, revisando papéis da Boaz, quando foi surpreendida pela voz ríspida do enteado.
— Então é verdade mesmo? Você tá do lado do Jaques nessa história da guarda da Sofia?
Ela levantou os olhos, tentando manter a calma. — Eu não tô do lado de ninguém, Samuel. Só acho que talvez a menina devesse estar com a família dela.
Samuel riu, incrédulo. — Família? Você tá falando do mesmo homem que tentou interditar a própria mãe, manipular todo mundo e quase destruiu a fábrica?
— Você exagera — retrucou Filipa, nervosa. — O Jaques não é um monstro.
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